Quinoa

Neste reveillon resolvi inovar sem fugir da superstição... Apenas troquei a tradicional lentilha por outro grão, a Quinoa, afinal o importante é comer um grão que infla no cozimento. Depois fiz minha pesquisa, descobri que tem tudo a ver e resolvi compartilhar tais informações.

Quinoa ou quinua, o grão dos Incas do Peru e da Bolívia, é cultivado nos Andes por mais de 7000 anos, mas para nós é ainda uma novidade. O seu nome vem da língua Quéchua falada pelos Incas e outros povos indígenas da América do Sul. Com a colonização européia o cultivo dessa planta foi reprimido, possivelmente pelo seu significado religioso na cultura Inca. Ele era chamado de “grão de ouro” e considerado um alimento sagrado. Segundo historiadores, a importância que se dava ao grão era tanta que o próprio imperador iniciava anualmente o plantio, usando ferramentas de ouro maciço e depois da colheita, a quinoa era colocada em potes de ouro e oferecida ao deus Sol. Várias pesquisas provaram que toda essa idolatria tinha razão de ser,

afinal o valor nutricional desse grão é impressionante como era de se imaginar já que a quinoa era a base da alimentação daquele povo que, apesar do frio intenso da região, gozava de excelente saúde.

A quinoa fornece todos os aminoácidos essenciais necessários para a formação de enzimas, de massa muscular e para todo o funcionamento orgânico. Além disso, ela possui alto teor de carboidratos e é considerada uma boa fonte de minerais (magnésio, potássio, zinco e manganês) e vitaminas (B1, B2, B3, D e E).

Quando a Nasa acrescentou a quinoa à dieta dos astronautas o mundo redescobriu 'o grão de ouro'. No Chile e no Equador o grão já foi amplamente usado para reduzir a desnutrição infantil, com o aval da Organização das Nações Unidas (ONU). Além disso, foi qualificado pela Academia de Ciências dos Estados Unidos como o melhor alimento de origem vegetal para consumo humano.

Existem inúmeras variedades de quinoa, que crescem do norte do Equador ao sul da Bolívia. Porém, a que tem maior demanda no mundo é a chamada real, que tem grãos maiores e que, por enquanto, só cresce na Bolívia. Há cerca de 15 anos, a Embrapa realiza trabalhos para viabilizar seu plantio no Brasil. O avanço nesses experimentos pode ajudar na queda do preço do produto, que não é dos mais baratos. Mas vale a pena, pois além disso tudo ela é fácil de fazer, uma delícia e combina com quase tudo! QuinuaReal

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